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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dia da Igreja Perseguida 30 de Maio


"Louve a Deus, eu me sinto melhor agora"
ETIÓPIA (44º) - No início de março, Hailu e Fikiru, colaboradores de Portas Abertas Internacional, visitaram pela segunda vez Daniel, um líder cristão da Etiópia. Passaram-se aproximadamente oito meses desde que o braço de Daniel foi quebrado num ataque violento, numa disputa de terra entre a igreja local, Kale Hiwot, e um muçulmano.

“Louve a Deus, eu me sinto muito melhor agora”, disse Daniel, que está passando ainda por sessões de fisioterapia para recuperar a força em sua mão esquerda.

Embora Daniel esteja se recuperando lentamente dos ferimentos que sofreu no ataque em julho de 2009, seu braço esquerdo permanece com ferimento permanente. Os médicos conversaram com Daniel, explicando-lhe que tentaram todas as alternativas possíveis para salvar seu braço. Ambos os ossos de seu antebraço foram fraturados e os médicos se programaram para reparar um dos dois ossos, mas o outro saiu do lugar e foi necessária uma cirurgia e mais 6 meses de tratamento intensivo.

“O ferimento está agora desaparecendo e eu posso movimentar meus dedos, mas não consigo segurar ou carregar qualquer coisa com firmeza. Todavia, sou grato a Deus. Ele não me abandonou. Eu não tenho palavras para agradecer a vocês pelo suporte que vocês têm me oferecido,” disse Daniel.

Portas Abertas tem um papel ativo no suporte à família. Atualmente, Portas Abertas paga o tratamento médico de Daniel e liquidou sua dívida, com a finalidade de reaver seus dois hectares de terra.

“Sua recompensa está nos céus! Vocês estão me ajudando sem ter qualquer expectativa de retorno. Sua recompensa está nos céus! Deus abençoe vocês. Minha família e eu não tememos mais o futuro. Eu reivindiquei minha terra,” disse Daniel.

Atualmente, o braço de Daniel o tem afastado do trabalho na fazenda, mas seu irmão ofereceu assistência durante esta estação de colheita. Além do mais, Daniel espera ter condições de contratar empregados num futuro próximo. “ Para este ano, quero produzir trigo e milho. Se chover será muito bom (estamos na estação de chuva): espero produzir acima de seis quíntuplos em ½ hectare. Agora tenho dois hectares de terra. O produto desta fazenda pode suprir nossas necessidades para o ano.”

Tesfaye, também da igreja Kale Hiwot, também expressou sua satisfação: “Eu não estava aqui quando Portas Abertas veio a primeira vez (em novembro de 2009). Mas ouvi que vocês vieram orar por Daniel . Os outros membros ficaram muito felizes por saber disso. Quando os muçulmanos nos atacaram, estávamos sozinhos. Ninguém veio nos visitar ou nos animar. Até nossa igreja não procurou saber sobre nossa situação após o ataque . Nós ficamos animados quando ouvimos sobre a sua visita... Ficamos intimidados pelo incidente. Quando soubemos que vocês visitaram Daniel e oraram por ele, significou muito para nós. Agora percebemos que não estamos sozinhos.

Outros membros criaram coragem para tomar uma atitude de fé pelo testemunho de Daniel e sua família. Vocês podem imaginar por que estou dizendo isto, mas sua visita foi no tempo de Deus. Deus abençoe vocês. Que ele também fortaleça vocês quando precisarem”.

Embora Daniel continue com um problema permanente em seu braço, ele está demonstrando perdão e amor àqueles que o atacaram.

“Eu não preciso de nenhuma forma de vingança contra meus perseguidores,” disse Daniel, quando lhe perguntamos sobre seus sentimentos por aqueles que o atacaram. “Para mim a desforra é testemunhar sobre Cristo às pessoas que me atacaram. Será uma grande recompensa para mim se eles decidirem seguir a Cristo. Eu mesmo era contrário aos cristãos muitos anos atrás, mas o amor de Deus perdoou todos os meus pecados. E em troca eu estou sofrendo por minha fé. Estou orando pelas pessoas que me atacaram e humildemente peço que você se una a mim em oração. Alguns dos muçulmanos em nossa área estão perguntando por que nós perdoamos as pessoas que nos atacaram e eu estou contando que Cristo nos perdoou muito mais. Meu pai também não entende por que eu prefiro perdoar. Ele ainda é um muçulmano. E eu continuo a orar para que eles conheçam ao Senhor.”

Você pode encorajar o casal Daniel e Shita através de cartões e desenhos. Participe!

Tradução: Lilian Ludovico Andrade

Fonte: Portas Abertas

sábado, 15 de maio de 2010

Por que os enganadores prosperam?


Pronto! Resolvi botar a boca no trombone! Chega de tentar tapar o sol com a peneira. A verdade tem que ser dita, doa a quem doer.
Por que os falsos prosperam? Por que os mentirosos se gabam de suas conquistas? Onde está Deus que não faz cair um raio na cabeça desses miseráveis?
Haveria algum propósito nisso? E quanto às milhares de vítimas desses charlatões?
Que unção seria esta que atrai tanta gente? Por que Deus os permite crescer tanto? Por que temos que suportá-los enquanto se esnobam em suas aquisições?
Convido-os à uma breve incursão nas Escrituras em busca de respostas para tais questões.

Paulo diz que havia tempo em que as pessoas não suportariam a sã doutrina, mas "tendo coceira nos ouvidos", se cercariam de mestres "segundo as suas cobiças" (2 Tm.4:3).
Eis o pulo do gato desses obreiros da iniquidade! Eles dizem o que o povão quer ouvir. Por isso atraem tanta gente.
O que as pessoas querem ouvir hoje em dia? Garanto que não estão interessadas em assuntos como arrependimento, santificação, renúncia, cruz, dar a outra face, caminhar a segunda milha. Não! Elas querem é restituição, arrepio, emocionalismo barato, conquista, prosperidade.
Quem quer que diga o que elas almejam ouvir, certamente obterá sucesso em seu ministério.
E mais: querem sair dos cultos com seu ego massageado. Buscam pastores que os acaricie com bajulações, amor hipócrita, elogios.
Ninguém quer compromisso com a verdade, mas com o último modismo. Quer encher a igreja em tempo recorde? Fácil! Ou entra numa de fazer essas campanhas loucas, sem pé nem cabeça, ou dana a convidar cantores e bandas gospel famosos, empurrando um monte de CD para que os irmãos ajudem a pagar os altos cachês que eles cobram. E assim a famigerada indústria gospel vai sendo alimentada. Louvor e adoração são confundidos com oba-oba. E adivinha quem paga a conta?
Definitivamente, não querem a Verdade! Preferem ser enganadas (desde que seu ego saia intacto!).
Então, Deus lhes dá o que pedem! Isso mesmo que você leu.

Paulo denuncia o ministério da iniquidade, e diz que sua operação e êxito são "segundo a eficácia de Satanás". Alguém ainda duvida que Satanás seja eficaz? Tal eficácia se revela "com todo poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo engano da injustiça para os que perecem". Agora, redobre sua atenção: "Perecem porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira, e para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade" (2 Ts. 2:9-12).
À luz deste texto, podemos dizer que as inúmeras pessoas enganadas por tais ministérios não são apenas vítimas, mas sobretudo, cúmplices. E os falsos mestres nada mais são do que juízo de Deus sobre eles.

Acham que podem barganhar com Deus... então, tomem sacrifício, fogueira santa, encontro tremendo, monte Sinai, amuletos, e por aí vai...
Alguns são até certinhos em se tratando de doutrina, mas suas motivações são excusas, nojentas, interesseiras. Judas os denuncia, dizendo: "Estes são murmuradores, queixosos, andando segundo as suas concupiscências, cuja boca diz coisas muito arrogantes, bajulando as pessoas por motivos interesseiros" (Jd.16).
Estes se queixam de seus líderes, passando a idéia de que estão sendo perseguidos e injustiçados na denominação, para ganhar o coração dos incautos, fazendo-os sentir pena deles, e ódio de seus líderes. Esta estratégia visa preparar o caminho para uma eventual divisão. Queixam-se de uns, enquanto bajulam outros.
São inescrupulosos! Fazem negócio em cima do rebanho que lhes fora confiado. Miseráveis! Deus os destruirá!

Confesso que eu preferia que eles se vissem pregando só para os bancos. Mas a Bíblia é clara: "E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade. Por ganância farão de vós negócio, com palavras fingidas. Para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme" (2 Pe.2:2-3).
Quantos estragos estes lobos cruéis têm feito em famílias inteiras! Querem se meter até onde não são chamados. Estes são "os que se introduzem pelas casas" (2 Tm.3:6). Casamentos têm sido destruídos por causa de seus ensinos. Filhos preferem obedecer e honrar a eles do que a seus pais.

Apelo aos apologetas de plantão que não dêem trégua a esta raça maldita. Atentem para a admoestação de Paulo: "É preciso tapar-lhes a boca, porque transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância" (Tt.1:11).

Tudo quanto fazem envolve dinheiro. Querem mais, mais e mais. Seu deus é o ventre! Não se contentam com o que têm, e acham que o sucesso ministerial se mede pela ostentação.

Ufa! Eu tinha que dizer tudo isso. Estava entalado.
O que me consola é saber que o tempo do juízo de Deus sobre eles se avizinha.

Paulo nos garante: "Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesta a sua insensatez" (2 Tm.3:9). E mais: Os enganadores "irão de mal a pior, enganando e sendo enganados" (v.13).

Até os sinais que acontecem em seus ministérios são juízo de Deus, para que sejam mantidos em seu engano. Tudo quanto estão plantando, hão de colher. Toda dor que provocaram, hão de sentir na própria pele.
E sabe por quê?

"De Deus não se zomba. Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl.6:7).
(Hermes C. Fernandes)

terça-feira, 11 de maio de 2010

O NOSSO DIA VAI CHEGAR


O NOSSO DIA VAI CHEGAR

Nunca me acostumei – e queira Deus que jamais aconteça – a ver com uma ponta que seja de alegria as desditas e sofrimentos alheios.
Só consigo imaginar, que no meio evangélico, as pessoas que ainda sentem regozijo por menor que seja com a infelicidade e miséria dos outros ainda não tiveram uma autêntica experiência com a Graça Divina.
Mas isso não tem ligação direta com alguma “graça específica” outorgada a “ Cristãos” porque vamos encontrar no seio de qualquer religião, pessoas que possuem compaixão face às desgraças ocorridas, ou, no mínimo que mantenham-se indiferentes ao sofrimento de seus inimigos, jamais regozijando-se.
Não sei quantas vezes terei de repetir – tenho um artigo que trata sobre isso – que a maior parte dos sofrimentos humanos não tem relação direta com “castigos divinos”, sendo antes, penalidades conseqüentes de princípios ou leis que quebramos, ou confronto com valores estabelecidos pela sociedade, ou ainda choques psíquicos resultantes de conflitos mal resolvidos.
Jesus falou no capítulo 13 do Evangelho segundo Lucas, sobre uma revolta social que terminou com a morte de várias pessoas sob o governo de Pôncio Pilatos, e também sobre uma certa “ Torre de Siloé”, que desabou matando pessoas inocentes.
Salomão, no auge de sua maturidade disse: “...Há justo que perece na sua justiça, e há perverso que prolonga os seus dias na sua perversidade” (Eclesiastes capítulo 7, verso 15).
Isso pode ser a resposta de nossas constantes interrogações quando escutamos noticias sobre aviões que caem com todo tipo de gente a bordo (malfeitores, ímpios, servos de Deus, crianças, gente digna), quando terremotos ceifam a vida de milhares (bons e maus) ou Tsunamis afogam e engolem multidões.
Quem sabe, Rousseau em seu argumento simplesmente tenha razão?
Não fomos criados para voar, nem para destruir a natureza e em seu lugar construir enormes cidades, nem tampouco para edificar casas e vilas próximas ao mar.
É claro que não pereceriam milhares...
Prefiro simplesmente pensar que sou igual a todo mundo, que não gozo de imunidade diante das desgraças que ocorrem como conseqüência do estilo de existência que a humanidade construiu – concordando ou não faço parte – e que afinal, não estou blindado diante das vicissitudes da vida.
Não sou imortal, e ao invés de lamentar, devo ser grato pelo valor infinito que cada momento tem.
Sentir-me como parte disso tudo e não como uma elite privilegiada da humanidade com quem tais coisas não poderiam acontecer, faz-me ver que sou tão somente humano, sujeito a tudo que significa ser humano – pelo menos em potencialidade – seja para o bem ou para o mal.
Diante dessas possibilidades que batem à minha porta em cada circunstância (na maioria dos casos não tendo como fugir), devo preservar meu equilíbrio diante das lutas, estimular minha humildade jamais adotando a postura de “semi-deus” e cultivar meu senso de solidariedade para com os que padecem por estar vivos, e por ser a vida tecida com essa textura existencial plena e plural.
Pois para ter diante de meus olhos a dura realidade dos mais cruéis sofrimentos, não preciso ir ao Chile, África ou Haiti.
Basta dar alguns passos até a esquina ou atravessar a rua.
Aos que adotam uma postura triunfalista ou agem como loucos tripudiando sobre os sofrimentos alheios, não preciso nem orar a respeito: basta esperar, porque queiram ou não, o dia de cada um vai chegar...

Fonte:
http://www.darcksonlira.com.br/html/Artigos/artigo13.html
Rev.Darckson Lira
Presidente da Igreja Batista Vale de Bênção