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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Como O Tabernáculo Revela Cristo?



É útil estudar sobre o tabernáculo por que não apenas o Novo Testamento ensina-nos de Cristo mas o Velho Testamento também (Salmos 40.7, “Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste. Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de mim está escrito.”; Hebreus 10.7; Lucas 24.27, “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”, 44, “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos.”). Por isso convém estudar o que diz a Bíblia sobre o tabernáculo pois o tabernáculo simboliza muito Cristo.
1. O tabernáculo foi temporário – Uma tenda móvel, mudada de lugar em lugar, por um período de 35 anos no deserto durante a peregrinação no deserto e mais uns 450-550 anos na terra prometida até que Davi desejou construir o templo permanente (Gill, II Samuel 7.6). O curto tempo que o tabernáculo foi levado no deserto pode representar a curta vida de Cristo enquanto Ele andava e ministrava na carne nessa terra. A Sua estadia foi temporária e de pouca duração (Lucas 3.23; John 14.1-3), mas o Seu reino literal será permanente (I Tessalonicenses 4.17; Apocalipse 22.5,11). O fato que o tabernáculo foi temporário pode representar o andar do Cristão também. O tempo do Cristão nessa vida, neste templo da carne, é temporária e de pouca duração (I Tessalonicenses 4.17; Salmos 90.9,10,12). Convém que os que têm a esperança de deixar esse tabernáculo da carne para ser como Cristo, vivam seus dias aqui na santificação (I João 3.1-3), conformando-se à imagem de Cristo (Colossenses 3.10). Essa conformação à imagem de Cristo é feita pela Palavra de Deus (João 17.17; 15.3). Você está investindo seu tempo, talento, e bens naquilo que é temporário ou naquilo que é eterno? Mateus 6.19,20.
2. O tabernáculo não foi bonito pelo mundo à fora. Para os que olharam ao tabernáculo do lado de fora não viam nenhuma beleza que os atraíram à ele. A sua beleza era no interior dele. Pêlos de cabra, peles de carneiro tintas de vermelho, e peles de texugo (Êxodo 26.7,14) cobriam o tabernáculo e não eram especialmente bonitas. Jesus, durante a Sua encarnação nessa terra, também não tinha, no exterior, beleza ou uma forma vistosa (Isaías 53.2). Sua beleza e valor veio de dentro dEle (amor puro, obediência completa ao Pai, perdão eterno, precioso sangue redentor, graça e glória, II Pedro 1.19; João 1.14; I Timóteo 3.16). Aos que conhecem Cristo intimamente pela fé, Ele é precioso mas para os que não O conhecem pela fé, Ele é um absurdo, louco, e pedra de tropeço (Marcos 6.1-3; I Pedro 2.7). Como é Cristo visto por você? Como o tabernáculo e como Cristo, os cristãos fazem bem não dar prioridade ao que é somente valoroso diante do mundo (I João 2.15,16). Contrariamente devemos buscar a virtude, a discrição, e a sabedoria que são mais valorosos do que qualquer outro bem no mundo (Salmos 147.10,11; Jeremias 9.24; Provérbios 1.4; 8.11; 11.22; I Pedro 3.1-8). Como você é visto pelo mundo? Por Deus? Você é igual a eles? Ou diferente?
A Lei é posta debaixo do propiciatório da Arca da Aliança, como o sangue precioso da vida de Jesus Cristo, que tem a Lei dentro do Seu coração, cobre tudo que a Lei aponta contra o pecador, o resgatado e apresentá-lo a Deus santo e justo (I Pedro 1.18-23; 3.18).
Porém, o novo Cristão logo vê que ele ainda peca (Romanos 7.18-23). O novo Cristão quer saber se estes pecados também foram pagos por Cristo. Que consolo tem o cristão quando contempla tão grande salvação que ele tem em Cristo! Como a Lei de Moisés foi guardada na arca da aliança, qual representa o trono de Deus entre os homens, a Lei foi dentro do coração do eterno Cristo quando Ele foi dado em sacrifício de muitos e continua aí no coração do Salvador com Ele diante do trono de Deus intercedendo e mediando eternamente pelos Seus (Romanos 8.34; I Timóteo 2.5,6). Por Cristo ser Deus, e por Ele guardar eternamente a Lei de Deus no Seu coração, o homem pecador, que tem Cristo como seu salvador, é eternamente salvo da condenação. Que salvação gloriosa tem o pecador que se arrepende e crê pela fé em Cristo Jesus! Verifique que a esperança da sua salvação não depende dum homem, apóstolo, oração, batismo, obra, religião ou de caridade, etc. mas somente nAquele que sempre guarda a Lei no Seu coração eternamente diante do trono de Deus, o Jesus Cristo. 

"Salus animarum suprema lex ecclesiae"

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

“E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Ex 25.8)

O Tabernáculo e a Graça de Deus

“E me farão um santuário, e habitarei no meio deles”, Ex 25.8

Mesmo que a graça de Deus sempre existiu, nem sempre foi revelada na sua glória. No Velho Testamento, a graça de Deus foi manifesta por enigmas, símbolos, cerimônias e profecias (Hb 1.1, “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”; 10.1, “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam”). Por que Deus fez exatamente assim não é para nos indagar, mas dizer que nenhum homem mereceu tal graça, e que ninguém buscou tal graça por Jesus ser verdade (Sl 14.2, 3). Se Deus não Se revelasse pelo Filho, ninguém teria a salvação. Mas, verdadeiramente, desde o começo do mundo, Deus tem pregado a salvação que agrada a Ele. Essa mensagem diz: o pecador arrependido confiando pela fé no Seu Filho Jesus Cristo, tem salvação eterna.

A ordem da construção do tabernáculo revela a graça de Deus. Por revelar Deus essa construção tem o nome “tenda do testemunho” (Nu 9.15). Testemunhar de quê? Para testemunhar o que Deus tem testemunhado desde o princípio, ou seja, a graça de Deus para com os pecadores por Seu filho Jesus Cristo.
Existem dois relatórios da construção do tabernáculo (Ex 25 - 30; 36 - 39). O primeiro relatório Deus vem ao Seu povo, ou seja, a graça de Deus em Si compadecer o Seu povo e declara o meio pelo qual os pecadores podem aproximar-se a Deus. O segundo relatório o tabernáculo apresenta a adoração do pecador remido a Deus por Cristo por causa da graça.

No primeiro relatório se vê a graça soberana de Deus para com o pecador. A graça é notada no começo da explicação da construção do tabernáculo com o lugar santíssimo e a suas duas peças: a arca da aliança e o propiciatório de ouro. Este lugar manifesta a glória do Senhor e a beleza da Sua graça. Pela graça Ele pensa no homem (Sl 8.4). Pela graça Ele ama os Seus (Jr 31.3; Rm 8.35-39). Pela graça Deus escolhe Israel ser Seu povo (Dt 7.7, 8). Pela graça, Deus decretou que por Jesus salvaria todos que se arrependem e crê nEle pela fé. A eternidade desta graça se vê pois Jesus é verdadeiramente o Cordeiro de Deus “morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8) O Deus santíssimo habitando entre o povo por Seu filho Jesus manifesta a Sua graça de maneira formosa.

A graça soberana se vê no lugar santo e na suas três peças de móveis também. Nelas se vê a glória de Jesus, nas suas várias obras e atributos (luz, pão, oração e acompanhamento do Espírito Santo). O lugar santo prega de Cristo O único mediador entre o pecador e o Deus.
No segundo relatório da construção do tabernáculo é descrito como o povo percebe Deus. A primeira parte do tabernáculo mencionada nesse segundo relatório são as cobertas e cortinas do tabernáculo. Nisso se manifesta que o povo não vê em Deus nada formoso. Mas, com a obra da graça nos corações do Seu povo, Cristo é confiado como o Mediador suficiente e Deus é tido como precioso em justiça e santidade. Que diferença a graça de Deus traz a um povo na sua relação com O Divino!

Hoje sabemos que as figuras do Velho Testamento se apontavam a Jesus. Jesus Cristo é o justo que padeceu uma vez pelos pecados, o Justo pelos injustos. Pelo sacrifício de Cristo, os pecadores arrependidos são levados a Deus (I Pedro 3.18). Cristo é o único mediador declarado abertamente entre o homem e Deus (I Tm 2.5,6). O tabernáculo ocultava a declaração aberta da graça de Deus. Hoje essa mensagem da graça de Deus em Cristo não é oculta. Deus anuncia a todos os homens que se arrependam (At 17.30). Aquele que se arrepende é apontado a Jesus para ser salvo. O tabernáculo revela a graça de Deus pois aponta a Cristo.

"Salus animarum suprema lex ecclesiae"